quinta-feira, 19 de setembro de 2013

A importância da mastigação




 A mastigação é uma das funções mais importantes para o desenvolvimento craniofacial. Ela também é a fase inicial do processo digestivo. Para que a mastigação ocorra de forma harmoniosa, é necessária a coordenação de diversos ossos e músculos, para que o alimento possa ser triturado e preparado para ser engolido.
O processo de mastigação se inicia por volta dos 7 meses de idade, onde começam a nascer os primeiros dentinhos. Mesmo tendo somente os dentes da frente, a criança já exercita o ato de mastigar, mantendo contato entre as gengivas, o que estimula o crescimento dos dentes posteriores. Por volta dos 4 ou 5 anos de idade, a mastigação estará totalmente desenvolvida, pois houve tempo suficiente para amadurecer as estruturas responsáveis e para o nascimento da primeira dentição (de leite).
 O amadurecimento da mastigação ocorrerá por volta dos 12 anos de idade, ode os hormônios e o crescimento dos músculos irão interferir no crescimento da face e sistema mastigatório.

 É importante que a mastigação ocorra dos dois lados da boca, para que o crescimento facial seja harmonioso. Pessoas que mastigam mais de um lado do que do outro, podem impedir o desenvolvimento do lado não utilizado, além de desenvolver mais placas bacterianas, cáries ou lesões.
Dicas para um bom desenvolvimento da mastigação:
* Evite liquidificar ou passar os alimentos na peneira.
* Amasse com um garfo os alimentos, para que a criança possa se acostumar com as texturas.
* Conforme a criança vai crescendo e surgem mais dentes, aumente os pedaços amassados.
* Prefira as colheres de silicone, pois oferecem mais segurança caso o bebê venha a mordê-las, além de não esquentar como as de metal.
* Ofereça alimentos de texturas variadas: não fiquem só nos pães tipo “bisnaguinhas” ou carnes moídas. Desenvolva a mastigação de seu filho!
* É importante que a criança se acostume a comer as frutas picadas.
* Estimule seu filho a comer todos os tipos de alimento, assim sua mastigação será eficiente e vocês provavelmente não terão problemas de alimentação!

Abraço,
Taís Alves Batschauer
Fonoaudióloga

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Hora da Escovação



Desde que acontecem as primeiras erupções dos dentes, estes devem ser escovados diariamente, mesmo que o bebê ainda se alimente somente do leite materno.
O hábito da escovação é adquirido desde cedo, para que o bebê cresça conhecendo esta tarefa, que fará parte da sua rotina para o resto da vida.

Mas, qual o tipo de escova utilizar em meu bebê?
Assim que nascem os primeiros dentinhos, estes devem ser limpos com as dedeiras, como na foto abaixo: a mãe coloca a escova em seu dedo indicador e massageia as gengivas e os dentes do bebê, somente com água.
Uma segunda opção, também efetiva é usar uma fralda de pano ou toalhinha de boca para fazer a higiene, que deve ser feita pelo menos uma vez ao dia.





Conforme o bebê vai crescendo, a escova vai aumentando de tamanho e você pode deixar seu filho conhecer e brincar com este objeto, sempre sob seus cuidados.
É importante observar na embalagem da escova de dente, a idade indicada.
Seguem alguns modelos: pequena e com cabo curto.

Dicas para estimular a escovação:
Para que a criança se interesse pelo cuidado com a higiene bucal, o que é absolutamente importante, o momento de escovar os dentes deve torna-se interessante. E para isso, o que vale é a paciência dos pais, aliada à criatividade e instruções dos odontopediatras.
Em primeiro lugar, os pequenos precisam entender porque é tão importante manter a boca limpinha. Conversas e até livros infantis que tratam do assunto podem ajudar a despertar o interesse da criança.
Outro ponto importante é ensinar a criança a escovar os próprios dentes e elogiar o seu desempenho sempre que ela mostrar esforço para fazer o melhor.
Deixe seu filho escovar os dentes da maneira dele, depois dê uma revisada, escovando com mais cuidado e atenção;
Combinem de trocar as escovas: você escova os dentes dele e deixe-o escovar os seus!
É importante que os pais escovem os dentes junto com a criança, para que ela entenda que este é um procedimento comum e procure aprender imitando, pois é através da imitação que os pequenos irão adquirir o hábito da escovação.


Abraço,
Taís Alves Batschauer
Fonoaudióloga
Porto Alegre, RS
taisalves4@hotmail.com

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Distúrbio no Processamento Auditivo Central



O Défict de Processamento Auditivo Central (DPAC) é um problema que atinge 7% das crianças em idade escolar, preferencialmente os meninos. Ocasiona sérias dificuldades de aprendizagem e socialização e pode estar ligado a outras patologias como Transtorno de Défict de Atenção e Hiperatividade, Dislexia, Autismo, Transtorno de Linguagem, entre outros.
O DPAC é uma falha na percepção auditiva, mesmo em pessoas sem alteração de audição. Diferente da perda auditiva, ele pode estar ligado a dificuldades de aprendizagem, principalmente leitura e escrita. As crianças com este distúrbio têm dificuldade em seguir instruções como regras de jogo, além de apresentarem grandes dificuldades com a comunicação.
Pessoas com este distúrbio auditivo escutam os sons, porém, há uma falha no Sistema Nervoso Central que as impede de entender e armazenar as informações auditivas.
O tratamento deve ser realizado por equipe multidisciplinar, contendo exercícios para o aprimoramento da memória auditiva, treinamento auditivo e terapia de linguagem, onde a criança possa  aprender novas palavras e novos significados, aumentando sua base linguística.

É importante que os pais tenham paciência com as crianças, falem com boa articulação e pausadamente, repetindo ordens, algumas vezes com outras palavras, para facilitar a compreensão. 

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Amamentação Reduz risco De Alzheimer

Mulheres que amamentam reduzem risco de desenvolver Alzheimer, diz estudo

Pesquisa analisou 81 mulheres britânicas entre 70 e 100 anos

Mulheres que amamentam reduzem risco de desenvolver Alzheimer, diz estudo Maicon Damasceno/Agencia RBS
Mulheres que mais amamentaram seus filhos tiveram até 64% menos risco de desenvolver doençaFoto: Maicon Damasceno / Agencia RBS
Um estudo da Universidade de Cambridge indicou que mães que amamentam seus filhos correm menos risco de desenvolver Alzheimer além de outros transtornos cognitivos.
A pesquisa, publicada no Journal of Alzheimer's Disease, analisou 81 mulheres britânicas entre 70 e 100 anos, parte delas afetada pela doença - transtorno cognitivo mais comum do mundo, afetando 35,6 milhões de pessoas, principalmente mulheres.
Os cientistas responsáveis alertam que, devido ao grande número de variáveis envolvidas no estudo, é impossível afirmar com exatidão a parcela de contribuição do aleitamento para a redução de risco, mas as mulheres amostradas que mais amamentaram seus filhos tiveram até 64% menos risco de desenvolver Alzheimer em relação às que não amamentaram.
Uma das explicações possíveis seria que o aleitamento reduz a produção de progesterona para compensar os altos níveis do hormônio produzidos durante a gravidez. A progesterona dessensibiliza os receptores de outro hormônio no cérebro: o estrogênio, que desempenha um importante papel na proteção do órgão contra o Alzheimer.
Além disso, amamentar amplia a tolerância da mulher à glicose e à insulina após a gravidez. Eventualmente o Mal de Alzheimer é chamado de diabetes tipo 3, justamente pela resistência cerebral à insulina que caracteriza a doença degenerativa.
Segundo os cientistas, a conexão entre aleitamento e doença foi menor em pacientes com histórico de demência na família. Apesar de terem estudado um grupo relativamente pequeno de mulheres, a correlação entre os fatores estudados foi forte o bastante para que os cientistas formulassem três cenários hipotéticos: mulheres que tivessem amamentado por um ano teriam risco 22% menor da doença em relação a mulheres que tivessem amamentado por 4,4 meses; mulheres que tivessem amamentado por oito meses após uma gestação teriam 23% menos risco do que mães que tivessem amamentado por seis meses após três gestações; por fim, mulheres que tivessem amamentado apresentaram 64% menos risco de desenvolver demência em relação a mulheres que não amamentaram.

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Método das Boquinhas- Por Renata Jardim

Esta imagem auxilia no processo de apresentação dos fonemas e a forma como são produzidos.


Atividades /r/ /R/

Algumas atividades para compartilhar...




Trocas na Fala



Problema de fala é qualquer alteração que dificulte ou impeça a correta produção dos sons da fala, como atrasos no desenvolvimento, onde a criança demora para começar a falar ou problemas mais simples e mais comuns são as trocas de sons (fonemas), omissões ou distorções.
A aprendizagem de todos os sons da fala pode se dar até por volta dos 6 anos de idade, tendo em vista que o som /r/ de barata ou prato é o mais difícil para a criança obter. Ela pode omitir, pronunciando “pato” ou trocar, ao pronuncia “paiede”.
Trocas do tipo bota por “pota” ou janela por “zanela” podem estar caracterizadas por dificuldades de pronúncia.


Quais as causas dos problemas de fala?
                Os problemas de fala podem estar relacionados a problemas neurológicos, como em síndromes, epilepsias ou estruturais, onde envolvem ossos e músculos alterados, como na fissura labiopalatina, por exemplo, onde a criança não possui nenhuma alteração neurológica, mas tem o impedimento de pronunciar os sons corretamente devido às alterações de palato, etc.
Ainda há os desvios fonológicos, onde a criança não possui alterações neurológicas, nem estruturais, porém apresenta trocas nos sons das palavras.

Como eu posso ajudar meu filho com trocas na fala?
Em primeiro lugar, os pais devem adotar uma postura de falar corretamente com a criança. Pais que falam como bebês, tendem a ter filhos com trocas na fala, simplesmente pelo fator ambiental familiar.
Os pais são os modelos dos filhos, então, o melhor a fazer é articular pausadamente e corretamente as palavras, explicar o significado das coisas, para que a criança tenha maiores possibilidades de se expressar, não gritar com a criança ou dizer que entendeu sem ter entendido o que foi dito por ela, etc.
Outra dica interessante é mostrar ao seu filho como são os sons das letras e que existem diferenças entre eles, como por exemplo: o som da abelha é /zzzzzzzzz/ e o som da cobra é /ssssssss/. Os dois sons são parecidos, mas querem dizer coisas diferentes. O mesmo para vaca e faca. Se a criança troca, pergunte o significado e mostre as diferenças que os sons produzem nas palavras.

Quando levar meu filho ao fonoaudiólogo?
Como foi falado anteriormente, a criança pode levar até os 6 anos para estabelecer seu inventário fonético, então, até esta idade, as trocas são aceitas, mas fique alerta!
Se você notar que mesmo com as “dicas”, seu filho ainda está com dificuldades e trocando alguns sons, procure uma avaliação, pois pode se necessária a intervenção de um profissional habilitado para introduzir os fonemas no vocabulário do seu filho.
É possível que seu filho venha com uma série de exercícios ou jogos para realizar em casa. Participe, jogue com ele, façam os exercícios juntos e vocês terão um melhor resultado do tratamento. Definam um momento do dia para a realização das tarefas e será ótimo para vocês dois. O papel dos pais é muito importante em qualquer tratamento de um filho!