terça-feira, 13 de agosto de 2013

Amamentação Reduz risco De Alzheimer

Mulheres que amamentam reduzem risco de desenvolver Alzheimer, diz estudo

Pesquisa analisou 81 mulheres britânicas entre 70 e 100 anos

Mulheres que amamentam reduzem risco de desenvolver Alzheimer, diz estudo Maicon Damasceno/Agencia RBS
Mulheres que mais amamentaram seus filhos tiveram até 64% menos risco de desenvolver doençaFoto: Maicon Damasceno / Agencia RBS
Um estudo da Universidade de Cambridge indicou que mães que amamentam seus filhos correm menos risco de desenvolver Alzheimer além de outros transtornos cognitivos.
A pesquisa, publicada no Journal of Alzheimer's Disease, analisou 81 mulheres britânicas entre 70 e 100 anos, parte delas afetada pela doença - transtorno cognitivo mais comum do mundo, afetando 35,6 milhões de pessoas, principalmente mulheres.
Os cientistas responsáveis alertam que, devido ao grande número de variáveis envolvidas no estudo, é impossível afirmar com exatidão a parcela de contribuição do aleitamento para a redução de risco, mas as mulheres amostradas que mais amamentaram seus filhos tiveram até 64% menos risco de desenvolver Alzheimer em relação às que não amamentaram.
Uma das explicações possíveis seria que o aleitamento reduz a produção de progesterona para compensar os altos níveis do hormônio produzidos durante a gravidez. A progesterona dessensibiliza os receptores de outro hormônio no cérebro: o estrogênio, que desempenha um importante papel na proteção do órgão contra o Alzheimer.
Além disso, amamentar amplia a tolerância da mulher à glicose e à insulina após a gravidez. Eventualmente o Mal de Alzheimer é chamado de diabetes tipo 3, justamente pela resistência cerebral à insulina que caracteriza a doença degenerativa.
Segundo os cientistas, a conexão entre aleitamento e doença foi menor em pacientes com histórico de demência na família. Apesar de terem estudado um grupo relativamente pequeno de mulheres, a correlação entre os fatores estudados foi forte o bastante para que os cientistas formulassem três cenários hipotéticos: mulheres que tivessem amamentado por um ano teriam risco 22% menor da doença em relação a mulheres que tivessem amamentado por 4,4 meses; mulheres que tivessem amamentado por oito meses após uma gestação teriam 23% menos risco do que mães que tivessem amamentado por seis meses após três gestações; por fim, mulheres que tivessem amamentado apresentaram 64% menos risco de desenvolver demência em relação a mulheres que não amamentaram.

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